Central de material e esterilização

A central de material de esterilização é o conjunto de elementos destinados à recepção, expurgo (limpeza), preparo (secagem, acondicionamento e embalagem), esterilização, guarda e distribuição do material para as diversas unidades nos estabelecimento de saúde, sendo o centro cirúrgico responsável pelo maior consumo de todo o material esterilizado.

Além disso, na CME é verificada a integridade, eficácia e a funcionalidade dos materiais e equipamentos preparados através de testes com monitorização física, química e biológica que garantem o controle de qualidade e a eficácia da esterilização dos materiais.

Segundo a Anvisa, de acordo com as condições organizacionais, capacidade operacional e técnica para boas práticas de processamento de produtos para saúde, as CMEs podem ser classificadas em classe I e II.

A CME classe I é aquela que realiza o processamento de produtos para a saúde não-críticos, semicríticos e críticos de conformação não complexa, passíveis de processamento.

Os produtos para saúde de conformação não complexa são produtos para saúde cujas superfícies internas e externas podem ser atingidas por escovação durante o processo de limpeza e tenham diâmetros superiores a cinco milímetros nas estruturas tubulares.

A CME Classe II é aquela que realiza o processamento de produtos para a saúde não-críticos, semicríticos e críticos de conformação complexa e não complexa, passíveis de processamento.

Os produtos para saúde crítico de conformação complexa são produtos para saúde que possuam lúmen inferior a cinco milímetros ou com fundo cego, espaços internos inacessíveis para a fricção direta, reentrâncias ou válvulas.

Limpeza e descontaminação

A limpeza é o processo de remoção de sujidades orgânicas e inorgânicas, redução da carga microbiana presente nos produtos para saúde, utilizando água, detergentes, produtos e acessórios de limpeza, por meio de ação mecânica manual ou automatizada.

Desinfecção

A desinfecção é um processo físico ou químico com o objetivo de eliminar e remover micro-organismos presentes em superfícies e artigos inanimados, independente de serem patogênicos ou não. Ela é classificada em três níveis: baixo nível, médio nível e alto nível.

Esterilização

A esterilização é um processo de assepsia que visa destruir todas as formas de vida microbianas que possam contaminar produtos, materiais e objetos voltados para a saúde. Portanto, são eliminados durante a esterilização organismos como vírus, bactérias e fungos de forma que não seja mais possível detectá-los no meio de cultura-padrão onde previamente havia proliferado.

Esteriliação física

A esterilização por processos físicos são métodos amplamente utilizados em ambientes como hospitais, laboratórios e indústrias para garantir a segurança e a prevenção de infecções e pode ser através de calor úmido, calor seco ou radiação.

Calor úmido

A esterilização por calor úmido saturado sob pressão utiliza fervura, pasteurização, e a autoclavagem, com temperatura entre 121 º C e 134 º C, pressão de 15 psi ou 775 mmHg ela provoca a desnaturação e coagulação das proteínas e a fluidificação dos lipídeos.

Calor seco

A esterilização por calor seco utiliza a estufa, flambagem, filtração, incineração e radiação que provoca a oxidação dos constituintes celulares orgânicos. Penetra nas substâncias de uma forma mais lenta que o calor úmido e por isso exige temperaturas mais elevadas e tempos mais longos e não pode ser utilizado para materiais termossensíveis.

Esterilização química

A esterilização química é indicada para artigos críticos e termossensíveis, ou seja, aqueles que não resistem às altas temperaturas dos processos físicos.

Quais são os métodos utilizados na esterilização química?

Dentre os métodos químicos, alguns deles podem ser utilizados tanto para desinfectar como para esterilizar, depende apenas do tempo de exposição e concentração do agente. Os mais utilizados para produtos laboratoriais e hospitalares são: formaldeído, glutaraldeído, óxido de etileno, ácido peracético e peróxido de hidrogênio.

Classificação dos resíduos hospialares

A classificação dos resíduos dos serviços de saúde (RSS) é essencial para garantir o manejo adequado, minimizando riscos à saúde humana e ao meio ambiente. No Brasil, a classificação é regulamentada pela Resolução RDC nº 222/2018 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/2010).

A resolução 222 de 2018 da Anvisa que trata do gerenciamento de resíduos de serviços de saúde classifica-os em: grupo A, grupo B, grupo C, grupo D e grupo E.

Juntos, podemos transformar a enfermagem e, com ela, o mundo!

A essência da enfermagem reside no cuidado integral, ético e humanizado ao ser humano, em todas as fases da vida, respeitando sua individualidade, dignidade e necessidades biopsicossociais, espirituais e culturais. A enfermagem é uma ciência e uma arte, fundamentada em princípios científicos, mas também profundamente alicerçada na empatia, escuta ativa, compaixão e compromisso com o outro.